Tendências de mixologia brasileira: a cachaça

Que a cachaça está sendo cada vez mais valorizada nós já sabemos. De acordo com o Cocktail Report 2025, a caipirinha teve um salto de 15 posições na lista dos coquetéis mais consumidos do mundo, chegando na 32° posição do ranking.

O movimento reforça o potencial da cachaça no cenário internacional e, principalmente, na coquetelaria brasileira. Para aproveitar a onda, vamos explorar a história da nossa bebida-símbolo, trazer curiosidades e comemorar o Dia Nacional da Cachaça, celebrado no dia 13 de setembro.


A origem da caipirinha e ascensão

A caipirinha é um coquetel criado no interior de São Paulo, com cachaça, açúcar, limão e gelo. Em relação a origem da bebida, existem três teorias:

Remédio para a gripe espanhola: segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), a caipirinha moderna teria surgido por volta de 1918 como uma receita caseira para pacientes da gripe espanhola, preparada com limão, alho e mel; o álcool, comum nos remédios caseiros, era acrescentado para acelerar o efeito. 

Coquetel da elite rural: o historiador Luís da Câmara Cascudo defende que fazendeiros latifundiários de Piracicaba criaram a bebida no século XIX para festas e eventos de alto padrão, como substituto local de uísque e vinho importado.

Tratamento para escorbuto: uma versão mais antiga relata que marinheiros adicionavam limão à cachaça para prevenir o escorbuto durante as travessias, e depois acrescentaram açúcar para suavizar o sabor.

Independentemente da teoria, a caipirinha se espalhou pelo Brasil e se tornou Patrimônio Cultural Brasileiro e coquetel oficial da International Bartenders Association (IBA). Mas, e aí, em qual teoria você acredita?

Variantes e curiosidades

A receita tradicional usa cachaça, limão-taiti, açúcar e gelo, mas há inúmeras variações. No Brasil, versões com outras frutas, adoçantes e tipos de açúcar são populares. As variações oficiais incluem:

Caipirosca: substitui a cachaça por vodka. Uma ótima opção é usar a Vodka Rajska para um perfil mais neutro e suave.

Caipiríssima: preparada com rum; o Rum Caribbean da Fante adiciona notas tropicais ao drink.

Caipirão: feita com Licor Beirão e famosa em Portugal, mostra como a estrutura da caipirinha é adaptável.

Outras curiosidades: o termo “caipirinha” vem de “caipira”, referindo-se a habitantes do interior paulista. Em Cabo Verde, África, há uma versão feita com grogue (rum local). Em 2009, um decreto presidencial oficializou os ingredientes e a graduação alcoólica mínima para que a bebida fosse chamada de caipirinha.

Dicas para preparar a caipirinha perfeita

Escolha frutas frescas: prefira limão-taiti com casca lisa e firme; laranjas, frutas vermelhas e maracujás maduros dão melhores resultados.

Macerar, não triturar: ao usar o pilão, aplique pressão moderada. Triturar em excesso libera o amargor da casca do limão.

Adoçantes alternativos: experimente açúcar demerara, rapadura ralada ou melado de cana para perfis diferentes de sabor.

Gelo abundante: use cubos grandes para reduzir a diluição. Mantenha o copo sempre cheio de gelo.

Decoração: fatias de fruta, ramos de hortelã e lascas de canela valorizam a apresentação.

Dia Nacional da Cachaça

O Dia Nacional da Cachaça, celebrado em 13 de setembro, marca uma data simbólica para a bebida que é considerada a mais brasileira de todas. A escolha do dia remete a 1661, quando Portugal tentou proibir a produção e o comércio da cachaça no Brasil, temendo a concorrência com as bebidas europeias. 

A resistência dos produtores foi tão forte que a proibição não vingou, consolidando a cachaça como símbolo de identidade e resistência cultural. Produzida a partir da cana-de-açúcar desde o período colonial, a bebida atravessou séculos e hoje ganha espaço em coquetéis no Brasil e no mundo.

E a Fante não fica de fora dessa história: no nosso portfólio está a Cachaça Brazuka, uma legítima representante desse destilado tão autêntico. Com textura suave, equilíbrio perfeito de álcool e um leve toque adocicado, ela revela aromas marcantes de frutas tropicais e sutis notas de cana-de-açúcar. O visual límpido, cristalino e brilhante reforça a qualidade e o cuidado em cada detalhe da elaboração.



As tendências de mixologia mostram que o mundo está descobrindo (ou redescobrindo) a riqueza dos coquetéis brasileiros. Ao conhecer a história da caipirinha e da cachaça, podemos celebrar a autenticidade e a criatividade nacional. Explorar novas combinações, harmonizar com ingredientes regionais e contar as curiosidades por trás cria uma conexão emocional com o público e enaltece o portfólio da Fante.